Perguntas frequentes
» Consulte também "Perguntas frequentes: COVID-19 Vaccine Janssen"
» Consulte também "Perguntas frequentes: Vaxzevria"
» Consulte também "Perguntas frequentes: Vacina COVID-19 Spikevax"
» Consulte também "Perguntas frequentes: Comirnaty"
» Consulte também "Perguntas frequentes: Nuvaxovid"
Vacinas COVID-19: factos-chave
• Por que são urgentemente necessárias vacinas para prevenção da COVID-19?
• Existe alguma vacina para proteger contra a COVID-19?
• Que processo e métodos estão a ser utilizados para desenvolver e aprovar vacinas COVID-19?
• Porque é que o desenvolvimento só começou depois da declaração da pandemia?
• Quando é que as vacinas serão aprovadas?
• Que tipo e quantidade de dados são necessários para a aprovação de uma vacina segura e eficaz?
• Quanto tempo durará a imunidade induzida por uma vacina?
• Se houver uma mutação do vírus, as pessoas vacinadas continuarão protegidas?
• Por que são tão urgentemente necessárias as vacinas para prevenção da COVID-19?
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla em inglês) está em estreita ligação com os fabricantes de potenciais vacinas COVID-19, mobilizando os seus recursos e cooperando com entidades reguladoras, como o INFARMED, I.P, para garantir que vacinas seguras e eficazes cheguem à população o mais rapidamente possível. Para mais informação consulte "Do laboratório ao doente: a jornada de um medicamento autorizado centralmente" (em inglês).
As vacinas COVID-19 são medicamentos que, ao desencadear uma resposta imune, visam prevenir a doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
A atual pandemia da doença de Coronavírus (COVID-19) é uma crise global, com impacto devastador a nível social, económico e na saúde.
A COVID-19 pode causar doença grave e morte, com consequências ainda desconhecidas a longo prazo em pessoas de todas as idades, incluindo em pessoas saudáveis.
São necessárias vacinas seguras e eficazes para a COVID-19 para proteger os indivíduos de adoecerem, especialmente profissionais de saúde e populações vulneráveis, como idosos ou pessoas com doenças crónicas.
• Existe alguma vacina para proteger contra a COVID-19?
Em Portugal, de momento, estão aprovadas quatro vacinas para prevenção da doença provocada pelo coronavírus de 2019 (SARS-CoV-2):
- Comirnaty® (BioNTech/Pfizer) é uma vacina de mRNA em nanopartículas lipídicas. Comirnaty contém uma molécula denominada RNA mensageiro (mRNA) com instruções para produzir uma proteína do vírus SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19.
- COVID-19 Vaccine Moderna (Moderna) é uma vacina de mRNA em nanopartículas lipídicas. A Vacina COVID-19 Moderna contém uma molécula denominada RNA mensageiro (mRNA) com instruções para produzir uma proteína do vírus SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19.
- Vaxzevria® (AstraZeneca) é uma vacina de vetor viral (adenovírus de chimpanzé) não replicativo. A Vaxzevria é desenvolvida a partir de outro vírus (da família dos adenovírus) que foi modificado para conter o gene que produz uma proteína do vírus SARS-CoV-2.
- COVID-19 Vaccine Janssen (Johnson&Johnson) é uma vacina de vetor viral (adenovírus de humano tipo 26) não replicativo. A COVID-19 Vaccine Janssen é desenvolvida a partir de outro vírus (da família dos adenovírus) que foi modificado para conter o gene que produz uma proteína do vírus SARS-CoV-2.
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• Que processo e métodos estão a ser utilizados para desenvolver e aprovar vacinas COVID-19?
As vacinas COVID-19 estão a ser desenvolvidas, avaliadas e aprovadas seguindo os mesmos requisitos legais e técnicos para a qualidade, segurança e eficácia de todos os medicamentos.
Como com todos os medicamentos, as vacinas COVID-19 são primeiro testadas em laboratório, incluindo em animais, e só depois em voluntários humanos.
Para mais informações, consulte "Vacinas COVID-19: desenvolvimento, avaliação, aprovação e monitorização" (em inglês).
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• Porque é que o desenvolvimento só começou depois da declaração da pandemia?
As vacinas só podem ser desenvolvidas quando o agente infecioso é conhecido.
Uma vez que o SARS-CoV-2 é um novo vírus, o desenvolvimento de uma vacina para proteger contra a COVID-19 só poderia ser iniciado após um melhor conhecimento do vírus e da análise da sua composição genética.
No entanto, o desenvolvimento da vacina tem por base a experiência e as tecnologias utilizadas para outras vacinas.
• Que tipo e quantidade de dados são necessários para a aprovação de uma vacina segura e eficaz?
Os fabricantes de vacinas COVID-19 precisam de apresentar dados específicos sobre a sua vacina. A EMA realiza então uma avaliação minuciosa destes dados para chegar a um parecer científico sobre a segurança, eficácia e qualidade da vacina, e, portanto, sobre a sua adequação para vacinar as pessoas.
Os dados devem demonstrar, para além da qualidade da vacina para proteção contra a COVID-19, a sua eficácia a sua segurança.
A eficácia é medida através de dados relacionados com a prevenção da doença. Estas medidas de eficácia são chamadas de "endpoints" que são de extrema importância uma vez que a COVID-19 é uma doença nova para a qual não existem indicadores conhecidos (como os níveis de anticorpos no sangue) que possam prever a proteção.
Sabia que? |
• Quanto tempo durará a imunidade induzida por uma vacina?
Atualmente, como o vírus é conhecido há tão pouco tempo, não existe informação suficiente sobre quanto tempo a imunidade conferida pelas vacinas vai durar após a vacinação, ou se haverá necessidade de doses de reforço periódico.
Os dados dos estudos de imunogenicidade e eficácia a longo prazo permitirão adequar a Estratégia de Vacinação Europeia e o Plano nacional de Vacinação contra a COVID-19.
As políticas de vacinação são decididas pelos organismos públicos de saúde de cada Estado-Membro da UE. Em Portugal, esta responsabilidade pertence ao Ministério da Saúde através da Direção Geral de Saúde.
• Se houver uma mutação do vírus, as pessoas vacinadas continuarão protegidas?
Normalmente, os vírus sofrem mutações (o material genético do vírus muda). Isso acontece a diferentes ritmos para diferentes vírus e as mutações não afetam necessariamente a eficácia da vacina.
Algumas vacinas contra doenças virais são eficazes durante muitos anos após o desenvolvimento e fornecem proteção duradoura, como as vacinas contra o sarampo ou a rubéola.
Contudo, noutras doenças, como é o caso da gripe, as estirpes de vírus sofrem mutações com tanta frequência que a composição da vacina deve ser atualizada anualmente para que seja eficaz.
A comunidade científica e as autoridades reguladoras monitorizarão o comportamento do coronavírus Sars-CoV-2 ao longo do tempo e se a eficácia da vacina na proteção das pessoas se mantém contra a infeção por novas variantes.